O Forum Nacional de Rádios Comunitárias (FORCOM) em parceria com Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC), Forum da Sociedade Civil para os Direitos da Crianca (ROSC), Fundação para Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Rede Homens pela Mudança (HOPEM), Pathfinder e Actionaid realizou este Maio em Maputo, a Conferência Internacional contra Casamentos Prematuros com o objectivo de por um lado partilhar boas  práticas e licções apreendidas dos programas radiofónicos contra os Casamentos Prematuros e por outro consciencializar o compromisso da media, sociedade civil, entidades competentes e do público em geral para a prevenção e combate á prática.

A conferência decorreu sob o lema “Casar? Só depois dos 18 anos” e juntou cerca 250 participantes entre os quais representantes do Governo, Doadores, Sociedade Civil, Rádios Comunitárias, Media Convencional, Professores, Estudantes, Pesquisadores, Raparigas, lideres Comunitários e representantes de paises africanos.

Na abertura do evento, os intervenientes afirmaram em unanimidade que o casamento Prematuro é uma violação dos Direitos Humanos das crianças, particularmente da Rapariga e  sublinharam a necessidade de se unir esforços para o combate a Prática. A Ministra de Género, Criança e Acção Social, Cidália Chaúque, lamentou a prática das Uniões Forçadas por propiciarem gravidezes precoces que por sua vez colocam em risco a vida das Raparigas e dos respectivos bebés. Chaúque sugere um trabalho multi-sectorial para a redução prática. “Devemos partilhar experiências adquiridas no âmbito dos casamentos prematuros, os progressos alcançados e sobretudo as acções que devemos priorizar para redução deste fenómeno com o envolvimento dos líderes comunitários, religiosos, tradicionais, madrinhas e padrinhos dos ritos de iniciação”, Afirmou a Ministra.

Na sua intervenção, o Embaxador da União Europeia em Moçambique, Sven Burgsdorff, disse estar ciente dos prejuízos provocados pelos Casamentos Prematuros  e enalteceu o papel das Rádios Comunitárias para a materialização dos direitos da Rápariga. “As altas taxas de desistência nas escolas, de mortalidade materna e infantil, as fístulas obstétricas, instabilidade psicológica, desnutrição crónica são prejuízos que resultam dos Casamentos Prematuros. As raparigas tem o direito de realizar os seus sonhos e construir um futuro próspero e suguro e as Rádios Comunitárias tem um papel preponderante para o efeito” Afirmou o Embaxador.

 O evento foi possivel com o apoio da Diakonia através do Agir/Suécia, União Europeia, Masc, UNICEF, CESC, FDC, OSISA, ROSC, CESC, CECAP, HOPEM, Actionaid e Pathfinder.